A origem da Gebana remete ao início dos anos 70, quando um grupo de mulheres começaram a questionar publicamente as estruturas tradicionais e exploradoras do comércio de bananas na Suíça.

  

A partir da década de 1980, o grupo de mulheres liderado por Ursula Brunner nomeou-se o "Arbeitsgemeinschaft GErechter BANAnenhandel" (Grupo de Trabalho para um Comércio Justo de Banana) - ou Gebana, abreviadamente.

Até hoje, a forma de pensar das "Mulheres Bananas" é um pilar importante para nossas ações: Pensamentos sobre o comércio justo da fundadora da Gebana, Ursula Brunner.

O MOVIMENTO COMERCIAL

A Gebana AG foi fundada no ramo comercial apenas em 1998. O objetivo era vincular valores sociais e ecológicos à sustentabilidade econômica e estabelecer cadeias de fornecimento sustentáveis para alimentos.

A empresa logo começou a processar localmente e a investir em apoio aos agricultores do sul. Desta forma, as empresas parceiras foram gradualmente formadas no Brasil, Burkina Faso, Tunísia, Togo e Benin.

Em 2003, a Gebana começou a vender seus produtos do sul via mala direta e abriu a primeira loja virtual orgânica e de comércio justo na Suíça. A ligação direta entre famílias de agricultores e consumidores foi assim criada e permanece única at é hoje.

Em 2009, a empresa entrou em crise, enfrentando um ambiente de mercado difícil onde os grandes riscos nos países produtores atingiram a pequena empresa. A Gebana deve a sua sobrevivência nesta fase aos milhares de clientes, colegas, fornecedores, parceiros e investidores que apoiaram a empresa na crise.

A partir dessa experiência, a Gebana se redefiniu em 2015 como uma rede de agricultores, clientes e parceiros que oferece produtos sustentáveis de primeira classe. O objetivo dessa rede é criar acesso ao mercado para produtores em regiões desfavorecidas.

A GEBANA NO BRASIL

Em 2002, a Gebana Suíça passa de cliente de empresas produtoras de soja orgânica no sudoeste do Paraná a uma atualização ativa no processo de apoio às famílias de agricultores, instalando-se na cidade de Capanema, onde se constituiu a Gebana Brasil;

Em 2005 a Gebana Brasil passa a fomentar o cultivo de trigo e milho orgânicos em rotação com a soja, ampliando a renda das famílias e criando novas cadeias produtivas. Também se avança sobre a geração de subprodutos da soja.

  

Quatro anos depois, no ano de 2009, diante do cenário de insegurança da atividade orgânica no Brasil e devido ao crescimento rápido dos cultivos transgênicos e contaminação por pesticida Endosalfan, cria-se um forte sistema de qualidade e busca por parceiros e ferramentas para fazer frente a estes problemas, como a criação da Associação Gebana Brasil solidária.

Em 2012 a Gebana Brasil assume o papel ativo na geração de sistemas de produção orgânica, criando uma ampla rede de pesquisa e extensão na área com parceiros públicos e privados, tendo como centro do processo os agricultores.

Resultado de anos se trabalho na área, em 2017 a Gebana lança a primeira carpidora guiada por câmera, adaptada para plantio direto. Também lança inédito livro técnico do Sistema de Produção de soja orgânica.

Este ano a empresa prepara um novo salto em diversificação de cultivos, buscando criar um sistema de cultivo orgânico mais complexo e equilibrado, além de atender a demanda crescente por alimentos orgânicos variados. Ocorre o lançamento de uma loja virtual para a Gebana Brasil, similar ao já realizado na Suíça, aproxima agricultores e consumidores de Brasil, de forma dinâmica e acessível a todos.

Assista abaixo a matéria sobre a GEBANA, realizada pela Rede Globo para o Globo Rural em 2018.