Política pública de Comércio responsável Gebana
A sociedade está em constante transformação, grandes desafios são lançados a cada dia. Nas últimas décadas tem se intensificado algumas ações conjuntas para planejar e garantir um futuro sustentável para a nossa e as futuras gerações.
Quando falamos em sustentabilidade, pensamos em ações como poluir menos, preservar, reciclar, economizar água, dar preferência às fontes alternativas de energia, etc. Mas raramente nos lembramos de relacionar tudo isso ao nosso consumo e as empresas das quais adquirimos nossos produtos e como este comércio acontece do início ao final da cadeia produtiva.
Neste sentido o sistema de comércio responsável da Gebana, envolve a certificação pelo Padrão RTRS de Produção de Soja Responsável (RTRS) e a certificação de comércio justo “Fair For Life” (FFL) através da certificadora ECOCERT, ambas para grãos de soja.
No Brasil, não há uma legislação específica que normatize o comércio responsável, portanto a RTRS e a ECOCERT estão envolvidas nesta busca e desenvolveram protocolos, ou normas, para a identificação de produtos advindos de cadeias de suprimentos que estabeleçam estas premissas.
O Comércio Justo é uma estratégia universal de combate à pobreza em prol do desenvolvimento sustentável e funciona como uma ferramenta que permite desenvolver mudanças econômicas, ecológicas e fomentar o desenvolvimento sustentável do comércio, onde há a valorização e respeito aos direitos humanos, ao meio ambiente e as condições justas e transparentes de comércio.
Um dos fatores que caracteriza o comércio justo é o apoio que o comprador deve oferecer ao grupo de produtores do qual está adquirindo o produto certificado. Este apoio é traduzido na forma de pagamento de um prêmio, gerando o fundo de desenvolvimento do comércio justo que é utilizado na implementação de projetos de desenvolvimento local, financiando projetos coletivos que o grupo considera relevantes. Por isso, é necessário que as relações comerciais sejam sólidas, de longo prazo e que todos os atores do processo se conheçam.
Os critérios da certificação FFL são avaliados tanto na cadeia de custódia da soja e seus subprodutos (farelo, lecitina e óleo), quanto nas propriedades rurais dos grupos de produtores fornecedores de grãos de soja. Atualmente são 5 grupos de produtores certificados. São avaliados: Valores e Estratégias Elegíveis; Gestão da Política de Comércio Justo; Responsabilidade Social; Responsabilidade Ambiental; Impacto Local; Comércio Justo na Cadeia de Suprimentos; Empoderamento e Capacitação; Respeito ao Consumidor e a Gestão da Certificação e do Desempenho.
O Padrão RTRS tem a missão de promover o crescimento da produção, o comércio, e o uso da soja responsável através da cooperação com os atores envolvidos na sua cadeia que vai da produção, ao consumo em um diálogo que inclui produtores, fornecedores, fabricantes, varejistas, instituições financeiras, organizações da sociedade civil e outros atores relevantes.
Nesta certificação são avaliados os padrões da Cadeia de Custódia, de soja Não-OGM (organismo geneticamente modificado) e a Produção de alguns grupos de produtores. Com a avaliação de todos estes parâmetros, tem-se garantia de uma cadeia que cumpre: os princípios da legislação de boas práticas empresariais; condições de trabalho responsáveis; relações responsáveis com a comunidade; responsabilidade ambiental; boas práticas agrícolas e que todos estes fatores estão continuamente em melhoria.
Atualmente a Gebana é certificada pelo Padrão RTRS para produção de soja responsável, bem como pela Fair For Life para grãos de soja e seus subprodutos e garante o seu compromisso com os requisitos de ambas as certificações.
Para maiores detalhes as normas das certificações podem se visualizadas acessando os seguintes sites:
FFL: https://www.fairforlife.org/client/fairforlife/file/Standard/Fair_for_Life_Standard_PT.pdf
RTRS:
https://responsiblesoy.org/wp-content/uploads/2021/12/RTRS-Chain-of-Custody-Standard-V2.3.pdf
